Alertámos a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica para as falhas de segurança elétrica – há o risco de descarga de 200 volts. Exigimos a retirada destes produtos do mercado. Como a embalagem nem indica o fabricante, informámos quem comercializa o equipamento dos resultados. Também denunciámos este caso flagrante de publicidade enganosa à Direção-Geral do Consumidor.
Anunciados sobretudo em sites como otimizadores energéticos, estes aparelhos garantem poupar 30 a 75% de eletricidade. Identificam-se como “equipamento economizador de energia” e alegam proteger os eletrodomésticos das flutuações de corrente. Muito similares, estes dispositivos custam entre 8 e quase 74 euros.
Ineficazes a poupar e a estabilizar a corrente
Nos testes em laboratório, reproduzimos situações de utilização numa residência para analisar o desempenho real do equipamento. Medimos o consumo de um aspirador e de um micro-ondas, com e sem o recurso aos “economizadores”. No final, verificámos que a energia consumida é idêntica ou superior com a “ajuda” do aparelho. Ou seja, vai pagar o mesmo na fatura da eletricidade.
Também testámos a eficácia do equipamento a estabilizar a corrente e a armazenar energia, simulando flutuações de tensão na rede elétrica. Perante um pico de tensão, o aparelho deve armazenar essa energia e fornecê-la aos eletrodomésticos na sequência de uma queda de tensão. Mas esta compensação não ocorre. Como o aparelho está ligado a um circuito de tomadas, no caso de uma queda de tensão, a energia armazenada no aparelho teria de suportar essa queda para todos os equipamentos ligados, o que não acontece. A compensação real é mais uma promessa falhada.
Depois de desmontar os vários dispositivos, não vislumbrámos nenhuma tecnologia revolucionária: são compostos por um condensador e um circuito elétrico básico. Uma caixa de plástico que apenas serve para desperdiçar o seu dinheiro. Se quer cortar na fatura, siga as nossas dicas e descubra a tarifa mais vantajosa no nosso simulador.
Prepare-se para descargas de 100 a 200 voltsNestes equipamentos, descobrimos falhas graves de segurança elétrica. Todos são compostos por condensadores, e estes possuem uma carga que resulta da energia que acumulam (carga parasita). Segundo as normas de segurança elétrica, a carga nos terminais de um aparelho não pode exceder os 34 volts após 1 segundo.
No laboratório, desligámos o aparelho, esperámos 1 segundo e recebemos uma surpresa chocante: medimos 200 volts nos terminais do Mister Plugins e 100 volts nos terminais do Energy Saver Pro e no controlador monofásico (Intelligent power saver). Se tocar nos terminais, pode ser vítima de uma descarga elétrica considerável.
(in, http://www.deco.proteste.pt/casa/eletricidade-gas/noticia/economizadores-de-energia-prometem-muito-mas-sao-inuteis)



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