sexta-feira, 13 de maio de 2016

RENOVÁVEIS BATEM RECORDES. NA ALEMANHA, ATÉ LEVOU A PREÇOS NEGATIVOS.

(in, http://www.dn.pt/dinheiro/interior/renovaveis-batem-recordes-na-alemanha-ate-levou-a-precos-negativos-5170077.html)

No domingo 8 de maio, a produção de energia renovável na Alemanha atingiu um pico tão elevado que fez os preços no mercado de compra e venda de energia baixar para valores negativos, mais precisamente para menos 24 euros por cada megawatt/hora consumido. 

“É claramente uma exceção. Isto quase nunca acontece. É como se fossem saldos para despachar stock”, comentou o presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), António Sá da Costa. 



De facto, foi isso que aconteceu. A eletricidade que é produzida nas várias centrais elétricas de um país, seja na Alemanha, em Portugal ou na Espanha, é negociada num mercado cujas produtoras fazem ofertas de energia e as que saem primeiro para serem consumidas são as mais baratas, ou seja, as renováveis. Só depois é que a energia que está a ser produzida nas centrais a gás, a carvão ou nucleares é colocada no mercado para vender aos comercializadores que depois vendem aos consumidores finais. 

Ora, no passado domingo, na Alemanha, segundo o jornal online Quartz, as renováveis produziram 87% do consumo e, portanto, as outras centrais não era necessárias. As de gás encerraram, mas as de carvão e as nucleares não o podem fazer de forma tão simples e continuaram a produzir. Resultado: começaram a vender ao desbarato para escoar a produção. “Mas só o fizeram porque sabiam que era durante um período limitado. Depois os preços sobem”, repara Sá da Costa. Diz o Quartz, que cita a consultora alemã Agora Energiewende, nesse domingo o preço voltou a subir até aos 24 euros por MWh consumido. 

Em Portugal, os preços nunca estiveram negativos, porque não há centrais nucleares e a central a carvão não tem necessidade de descer tanto os preços. Mas é cada vez mais normal haver horas em que os preços estão a zero e que os produtores estão a ganhar menos. Por exemplo, segundo Sá da Costa, em 2014 – que foi um ano recorde para as renováveis – registaram-se 200 horas com os preços a zero. Mas nos primeiros quarto meses deste ano – em que as renováveis voltaram a bater recordes, representando em média 90% do consumo – só se registaram duas horas a zero. Mas isto porque os preços do gás e do carvão estão muito baixos e levaram a que a média no mercado descesse de uns 45 para 29 euros por MWh . Consumidor não sente impacto. 



O facto de os preços serem zero ou negativos tem um impacto quase nulo para os consumidores, diz Sá da Costa. É que o consumidor não compra ao produtor, mas sim ao comercializador que cobra um valor fixo e assume o risco do preço estar mais alto ou mais baixo. Se a eletricidade fosse comprada ao produtor havia alturas em que seria grátis ou mais barata e outras em que era tão cara que a fatura mensal disparava para valores mais altos do que os do contrato com preço fixo para a energia. 

Por exemplo, em 2014, houve dias em que a energia esteve a sete euros mas depois disparou para 75 euros. Pelas contas do DN/Dinheiro Vivo, isto significaria que uma família com um consumo médio mensal de 196 KWh (dados do regulador) estaria a pagar 48 cêntimos o KWh. Com um contrato paga entre 15 e 16 cêntimos. Além disso, diz Sá da Costa, a energia é só uma parte da conta da luz. É preciso pagar o custo das redes, o transporte e os impostos. E isso é válido tanto em Portugal como na Alemanha. O facto de os preços atingirem valores tão baixos é positivo porque mostra como seria se toda a produção fosse renovável, mas agora ainda não é assim. Aliás, há agentes do mercado que acreditam que nunca será porque as barragens, as eólicas e o solar não estão sempre a funcionar e será sempre preciso haver centrais de reserva. 



domingo, 8 de maio de 2016

Incentivar energia solar geraria 4 milhões de empregos até 2030, diz estudo (http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/05/06/incentivar-energia-solar-geraria-4-milhoes-de-empregos-ate-2030-diz-estudo.htm)

Do UOL, em São Paulo, 06/05/2016
Se os governos municipais, estaduais e federal adotassem medidas para incentivar o uso de energia solar, isso poderia criar quase 4 milhões de empregos, gerar R$ 11,3 bilhões em impostos e adicionar R$ 561,5 bilhões à economia brasileira até 2030.
A estimativa é do estudo "Alvorada – Como o incentivo à energia solar fotovoltaica pode transformar o Brasil", divulgado nesta semana pela ONG Greenpeace.
Os números acima, de acordo com o estudo, aconteceriam no melhor dos cenários: se os governos reduzissem os impostos sobre os materiais para a geração de energia solar e também se fosse liberado o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para trabalhadores comprarem esses equipamentos.
Nesse cenário ideal, o levantamento estima que cerca de 8,8 milhões de casas ou comércios chegariam a 2030 tendo suas próprias placas para geração de energia solar nos telhados. A energia gerada (41,4 mil MWp) seria o equivalente ao dobro do que se espera da hidrelétrica de Belo Monte, afirma o Greenpeace.

'Medidas factíveis'

"Todas as medidas levantadas no estudo são factíveis e de responsabilidade dos governos municipais, estaduais e federal. Está nas mãos do poder público permitir que os sistemas de energia fotovoltaica se tornem mais atrativos para a população e esse estudo mostra quais as melhores saídas para isso", diz Bárbara Rubim, responsável pela Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Se reduzissem os impostos sobre o setor, segundo o levantamento, os governos perderiam recursos com arrecadação inicialmente. Porém, afirma, isso seria compensado depois, com a criação de empregos, a aceleração econômica e o consequente aumento na arrecadação de impostos que isso geraria.

Benefício ambiental

Esses incentivos também teriam impactos positivos para o ambiente, aponta o Greenpeace. Se mais pessoas gerassem sua própria energia usando os raios solares, reduziriam o consumo de energia fornecida pelo governo, boa parte vinda das usinas térmicas.
Com isso, diz o estudo, toneladas de gases de efeito estufa deixariam de ser despejadas na atmosfera.
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Sol produz gelo na Amazônia: energia solar é usada para conservar alimentos12 fotos

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8.out.2015 - Francisco da Silva Vale, 61, posa com bloco de gelo produzido com a energia gerada por painéis solares instalados em Vila Nova do Amana, em uma reserva sustentável no Estado do Amazonas. Os painéis foram instalados dentro do projeto Gelo solar, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamiraua em conjunto com pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo). Com a maior geração de energia, a comunidade passou a produzir 90 quilos de gelo diariamente para a conservação de alimentos, bombear água para as casas e garantir a iluminação para o campo de futebolVEJA MAIS >Imagem: Bruno Kelly/Reuters


domingo, 1 de maio de 2016

PREÇO DO GÁS NATURAL BAIXA 6,1% ... valor baixa para as famílias no mercado regulado.

Preço do gás natural desce 6,1% Valor baixa para as famílias no mercado regulado. Por Lusa O preço do gás natural para as famílias desce 6,1% a partir deste domingo no mercado regulado e os consumidores que estão no liberalizado também devem beneficiar desta redução do custo da energia nos mercados internacionais. A par da descida de 6,1% para os consumidores domésticos (com consumos abaixo dos 10.000 metros cúbicos), os preços do gás natural baixam 7,5% para os consumidores empresariais (baixa tensão acima dos 10.000 metros cúbicos) e 10,2% para os consumidores industriais (média tensão). 



Esta primeira descida dos preços aplica-se de imediato aos consumidores que ainda não migraram para o mercado livre, a que é aplicada a tarifa transitória, definida pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE); enquanto no liberalizado, a decisão de fazer este ajustamento fica na mão do fornecedor de gás natural. Caso não aconteça, os consumidores podem sempre pedir a revisão das condições contratuais ou mudar de fornecedor de gás natural. Já na segunda descida do preço do gás natural, a partir de 1 de julho (e em vigor até 30 de junho de 2017), os preços descem para todos os consumidores de gás natural (cerca de 1,4 milhões), devido à redução das tarifas de acesso às redes determinada pela ERSE. As descidas serão de 13,3% para os consumidores domésticos, 14,6% para os empresariais e 20,2% para os consumidores industriais. As tarifas de acesso às redes são aplicadas diretamente aos comercializadores que as transmitem aos consumidores finais nas faturas de fornecimento, pelo que esta redução se reflete na fatura de todos os consumidores de gás natural que estejam no mercado regulado ou no mercado liberalizado. No global, a partir de julho, a descida acumulada será de 18,5% para os consumidores domésticos, 21,1% para os consumidores empresariais e 28,4% para os consumidores industriais. 

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/preco_do_gas_natural_desce_61_a_partir_de_hoje_para_as_familias.html